sábado, 18 de julho de 2009

MÃE DE TODAS AS DORES

Existem perrengues danados,
dores que me fazem tremer,
de medo,
só de pensar em ter...

Existem injustiças e mal aventuranças,
existem dores de homem,
de mulheres,
de crianças...

Culpas, desgastes, maldições,
criando sulcos na carne,
talhos na alma,
devastações...

A dor de quem fica pensando em quem vai...
a dor do filho,
da mãe,
de um pai...

Dores que rasgam,
dores intermitentes,
dor que dá e passa,
e a terrível dor de dente!

Há a dor natural do parto,
que o homem acha interessante...
descrita por uma pantaneira,
que não sabia falar dilacerante,
como "a dor de cagar um tijolo",
(acrescentei) num momento de rompante!

Dores boas,
há quem diga existir,
no corpo, na alma,
avisando-nos do porvir...

Contudo, pode crer,
a mãe de todas as dores,
a que causa mais dissabores,
é a dor do não saber...

Ela é, porém, generosa
Delicada ao se esconder,
porque todos que acham que sabem,
jamais a irão conhecer...

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