quarta-feira, 24 de junho de 2009

SAUDADES

Quando este poema
bater em tua porta,
tocai os sinos!
Os versos não são ferinos,
eles falam da saudade, do exílio
e das gotas dos dias na ampulheta,
onde, o meu tempo morre na paixão
e da escuridão do meu leito
a noite transverte-se de solidão!
Há vento
que nem o alento
dentre os ventos
me traz o teu silêncio
e não sei, se a ti pertenço...
A saudade é dor, a solidão é fera
são cigarros acesos, são tragadas
é o morrer aos poucos,
e o olhar para o nada!
A saudade não é visagem
advém das paragens...
A paixão está na paisagem
e mora na outra margem!
A saudade é o rosto e o exílio da alma
é a volta da noite e o retrato do dia.
Do meu leito revela-se a tormenta
me fostes luz! E porque a lua fugiria?
Ah... Como são vagas as minhas noites!
Esta lua, esta noite
sinto o aperto, queria ter-te,
afogar-me, dilacerar-me em teus beijos!
Esta volúpia é benfazeja
ainda que eu fosse em pensamentos
e tu me viesses em lampejos,
me diz então, ainda somos nós?
Cruel!
Sou todo saudade,
Mata-me no silêncio da tua voz!

Noites do ocaso, em jarros chineses
ornamentando a saudade de um leito qualquer... BJS DA CRIS

Um comentário:

  1. Lindos poemas. Tenha a certeza que seu filho é um espírito iluminado!
    Um grande beijo.

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